segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

LÍNGUA


A Língua é um instrumento de comunicação, sendo composta por regras gramaticais que possibilitam que determinado grupo de falantes consiga produzir enunciados que lhes permitam comunicar-se e compreender-se. Por exemplo:
falantes da língua portuguesa.
A língua possui um caráter social: pertence a todo um conjunto de pessoas, as quais podem agir sobre ela. Cada membro da comunidade pode optar por esta ou aquela forma de expressão. Por outro lado, não é possível criar uma língua particular e exigir que outros falantes a compreendam. Dessa forma, cada indivíduo pode usar de maneira particular a língua comunitária, originando a fala. A fala está sempre condicionada pelas regras socialmente estabelecidas da língua, mas é suficientemente ampla para permitir um exercício criativo da comunicação. Um indivíduo pode pronunciar um enunciado da seguinte maneira:
A família de Regina era paupérrima.
Outro, no entanto, pode optar por:
A família de Regina era muito pobre.
As diferenças e semelhanças constatadas devem-se às diversas manifestações da fala de cada um. Note, além disso, que essas manifestações devem obedecer às regras gerais da língua portuguesa, para não correrem o risco de produzir enunciados incompreensíveis como:
Família a paupérrima de era Regina.

Um comentário:

  1. Edmilson, seu blog me encanta, pois sou apixonada pelo estudo das línguas. De olho na linguagem é um blog que incita o pensar sobre a língua, as diferenças entre a língua escrita e a língua falada. Saussure, o importante linguista suiço já dizia em seu livro Curso de linguitíca geral, que a língua tem um lado individual e social. Não podemos negar que as pessoas possuem uma gramática interna,que também possui regras. É por isso que os enunciados como "Família a paupérrima de era Regina"não são construídos pelos falantes que possuam um conhecimento mínimo da língua. Sabemos que não é preciso ir à escola para saber uma língua. Analfabetos podem comunicar-se com sua língua materna com muita segurança. Isto comprova a existência dessa gramática interna.

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