sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

Linguagem


Linguagem é qualquer e todo sistema de signos que serve de meio de comunicação de idéias ou sentimentos através de signos convencionados, sonoros, gráficos, gestuais etc., podendo ser percebida pelos diversos órgãos dos sentidos, o que leva a distinguirem-se várias espécies ou tipos: visualauditivatátil, etc., ou, ainda, outras mais complexas, constituídas, ao mesmo tempo, de elementos diversos.[1][2] Os elementos constitutivos da linguagem são, pois, gestossinaissonssímbolos ou palavras, usados para representar conceitos de comunicação, idéias, significados e pensamentos. Embora os animais também se comuniquem, a linguagem verbal pertence apenas ao Homem.[3]
Algumas áreas do cérebro envolvidas no processamento da linguagem:. Área de Broca (Azul), Área de Wernicke (Verde), Giro supramarginal (Amarelo), Giro angular (Laranja) ,Cortex auditivo primário (Rosa)


Não se devem confundir os conceitos de linguagem e de língua. Enquanto aquela (linguagem) diz respeito à capacidade ou faculdade de exercitar a comunicação, latente ou em ação ou exercício, esta última (língua ou idioma) refere-se a um conjunto de palavras e expressões usadas por um povo, por uma nação, munido de regras próprias (sua gramática).[editar]
Generalidades

Noutra acepção (anátomo-fisiológica), linguagem é função cerebral que permite a qualquer ser humano adquirir e utilizar uma língua.
Por extensão, chama-se linguagem de programação ao conjunto de códigos usados em computação.
O estudo da linguagem, que envolve os signos, de uma forma geral, é chamado semiótica. A linguística é subordinada à semiótica porque seu objeto de estudo é a língua,[4] que é apenas um dos sinais estudados na semiótica.

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Origens da linguagem humana

A respeito das origens da linguagem humana, alguns estudiosos defendem a tese de que a linguagem desenvolveu-se a partir da comunicação gestual com as mãos.[5] Posteriores alterações no aparelho fonador, os seres humanos passaram a poder produzir uma variedade de sons muito maior do que a dos demais primatas.
De acordo com Kandel [6] apesar das dificuldades de se apontar com precisão quando ou como a linguagem evoluiu há certo consenso quanto a algumas estruturas cerebrais constituírem-se como pré-requisitos para a linguagem e que estas parecem ter surgido precocemente na evolução humana. Segundo esse autor essa conclusão foi atingida após exame dos moldes intracranianos de fósseis humanos. Na maioria dos indivíduos o hemisfério esquerdo é dominante para a linguagem; a área cortical da fala do lobo temporal (o plano temporal) é maior no hemisfério esquerdo que no direito. Visto que os giros e sulcos importantes deixam com freqüência impressões no crânio, o registro fóssil foi estudado buscando-se as assimetrias morfológicas associadas à fala nos humanos modernos. Essas assimetrias foram encontradas no homem de Neanderthal (datando de cerca de 30.000 a 50.000 anos) e no Homo erectus (datado de 300.000 a 500.000 anos), o predecessor de nossa própria espécie.

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Funções da linguagem

Obs:Para melhor compreensão das funções de linguagem, torna-se necessário o estudo dos elementos da comunicação.
Antigamente, tinha-se a ideia que o diálogo era desenvolvido de maneira "sistematizada" (alguém pergunta - alguém espera ouvir a pergunta, daí responde, enquanto outro escuta em silêncio, etc).
Exemplo:
Elementos da comunicação
  • Emissor - emite, codifica a mensagem;
  • Receptor - recebe, decodifica a mensagem;
  • Mensagem - conteúdo transmitido pelo emissor;
  • Código - conjunto de signos usado na transmissão e recepção da mensagem;
  • Referente - contexto relacionado a emissor e receptor;
  • Canal - meio pelo qual circula a mensagem.
Porém, com os estudos recentes dos linguistas, essa teoria sofreu uma modificação, pois, chegou-se a conclusão que quando se trata daparole, entende-se que é um veículo democrático (observe a função fática), assim, admite-se um novo formato de locução, ou, interlocução(diálogo interativo):
  • locutor - quem fala (e responde);
  • locutário - quem ouve e responde;
  • interlocução - diálogo
nota: as respostas, dos "interlocutores" podem ser gestuais, faciais etc. por isso a mudança (aprimoração) na teoria.
Observação: as atitudes e reações dos comunicantes são também referentes e exercem influência sobre a comunicação
Funções da linguagem
  • Emotiva (ou expressiva) - a mensagem centra-se no "eu" do emissor, é carregada de subjectividade. Ligada a esta função está, por norma, a poesia lírica.
  • Função apelativa (imperativa) - com este tipo de mensagem, o emissor actua sobre o receptor, afim de que este assuma determinado comportamento; há frequente uso do vocativo e do imperativo. Esta função da linguagem é frequentemente usada por oradores e agentes de publicidade.
  • Função metalinguística - função usada quando a língua explica a própria linguagem (exemplo: quando, na análise de um texto, investigamos os seus aspectos morfo-sintácticos e/ou semânticos).
  • Função informativa (ou referencial) - função usada quando o emissor informa objectivamente o receptor de uma realidade, ou acontecimento.
  • Função fática - pretende conseguir e manter a atenção dos interlocutores, muito usada em discursos políticos e textos publicitários (centra-se no canal de comunicação).
  • Função poética - embeleza, enriquecendo a mensagem com figuras de estilo, palavras belas, expressivas, ritmos agradáveis, etc.[3]
Também podemos pensar que as primeiras falas conscientes da raça humana ocorreu quando os sons emitidos evoluiram para o que podemos reconhecer como 'interjeições". As primeiras ferramentas da fala humana.

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Linguagem humana

A função biológica e cerebral da linguagem é aquilo que mais profundamente distingue o homem dos outros animais.
Podemos considerar que o desenvolvimento desta função cerebral ocorre em estreita ligação com a bipedia e a libertação da mão, que permitiram o aumento do volume do cérebro, a par do desenvolvimento de órgãos fonadores e da mímica facial
Devido a estas capacidades, para além da linguagem falada e escrita, o homem - aprendendo pela observação de animais - desenvolveu alíngua de sinais adaptada pelos surdos em diferentes países, não só para melhorar a comunicação entre surdos, mas também para utilizar em situações especiais, como no teatro e entre navios ou pessoas e não animais que se encontram fora do alcance do ouvido, mas que se podem observar entre si.

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Linguagens não-humanas

Para muitos autores uma das principais distinções entre homem - animal ou Homo sapiens outros hominídeos se dá através da linguagem.
Estudos sobre os macacos chimpanzés (Pan) identificaram mais de cem sinais para comportamentos de jogo, agressão, alarme, organização do bando, sexo, etc. Esse número tem sido revisto com os experimentos de ensino da linguagem a primatas bem como com a análise da interação dos cães, especialmente pastores, com as atividades profissionais humanas.
Mas isso nem se compara à linguagem humana. Pesquisas sobre desenvolvimento da linguagem já identificaram entre estudantes de universidades um vocabulário de 80 mil palavras.


Referências

  1.  ALMEIDA, Napoleão Mendes deGramática metódica da língua portuguesaSão Paulo (SPBrasil): Saraiva, 2005.
  2.  FERREIRA, Aurélio Buarque de Holanda. 'Dicionário da língua portuguesa'Rio de Janeiro (RJ, Brasil): Nova Fronteira, 2000.
  3. ↑ a b Verónica Bicho, Funcionamento da Língua Portuguesa. Edições Sebenta
  4.  Saussure
  5.  BBC Brasil - Folha SP Estudo de gestos de macacos revela origens da linguagem humana
  6.  Kandel, Eric. A linguagem (Cap. 34) in: Kandel, Eric R.; Schwartz, James H.; Jessell, Thomas M. Fundamentos da neurociência do comportamento. RJ, Guanabara Koogan, 1997

Um comentário:

  1. Olá Edmilson. Gostei muito do seu blog. Minha irmã é professora de português. vou passar o seu endereço para ela visitar. É rico. Dá para desenvolver um excelente trabalho com os alunos.

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